Essa pergunta é muito
comum no setting terapêutico e também
quando atuo como coaching e percebo
que algumas pessoas sofrem com isso, por se sentirem incapazes de fazer o
processo de mudança.
Claro que não se trata de um processo fácil. Demanda tempo,
paciência e principalmente vontade de mudar. O grande problema que existe é entre
o discurso e o autoboicote. As pessoas dizem que na segunda-feira, dia
internacional de iniciar a dieta, vão começar o regime, porque o verão está aí
e precisam perder peso, só que continuam comendo. Referem que não aguentam mais
trabalhar para pagar conta, que querem sair dessa situação, mas não param de
gastar.
Esse comportamento demonstra a dificuldade que as pessoas
têm de se libertar do sofrimento, buscando um novo padrão de funcionamento para
suas vidas. Muitas verbalizam que não conseguem mudar, que até se esforçam. A
partir do momento que a própria pessoa coloca limites para si, não conseguirá
fazer nada. O não conseguir é estar fechada para enfrentar os desafios. Até vou
um pouco mais longe, é se fechar para vida é não querer livrar-se, muitas
vezes, da mediocridade em que vive, pelo medo que tem de alçar vôo e se
permitir viver uma vida melhor. Não cabe entrar aqui no mérito da questão, mas
é óbvio que existem ganhos secundários nesse tipo de comportamento.
Daí a importância de se avaliar o quanto realmente a
pessoa está disposta a investir (internamente) no seu processo de mudança, pois
caso contrário, nem a terapia e nem o coaching
irão funcionar.
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