Esse tema tem me
chamado a atenção nos últimos dias, pois percebo o sofrimento das pessoas, por
acharem que sua vida está uma porcaria, que só fizeram bobagem até o momento, que
não conquistaram nada, que levam uma vida medíocre e por aí vai. Quando questionadas
com base no que chegaram a essa conclusão, escuto: “os meus amigos viajam para
Europa ou Estados Unidos duas vezes por ano, a minha vizinha tem dois ‘carrões’
na garagem, empregada, babá e os filhos estudam em excelentes escolas; o
marido da minha outra amiga é um grande executivo numa empresa e o meu tem que
batalhar para pagar as contas no final do mês”, etc.
Essa é uma bela maneira que as pessoas encontram para
sofrer. Frente a essas situações, costumo usar aquele ditado bem popular “a
grama do vizinho é sempre mais verde do que a nossa”, por que será?
Avaliar e julgar a vida dos outros sem estar inserida no
contexto do dia-a-dia é muito fácil, mas talvez se fizesse parte dessa
realidade, os questionamentos fossem outros e as fantasias que temos em relação
à vida do outro viesse por terra. Avaliar a vida de alguém apenas pela
aparência é um grande erro, pois às vezes dentro de uma vida mais simples
encontra-se muito mais harmonia, equilíbrio e paz do que naquelas famílias que
julgamos “perfeitas” e que são motivos de sofrimento para nós.
Ao invés de ficar se comparando com o outro, a pessoa
precisa parar e analisar os aspectos positivos e negativos de sua vida, ver o
que precisa melhorar e criar alternativas para que essa melhora se concretize.
A comparação não só é uma bela forma de sofrer, de se sentir a última das
criaturas, de inveja, como também de não olhar para si e ver o que realmente está lhe desagradando, o que não a deixa ser feliz. Sendo assim, acredito que ao invés de ficar desfocando o seu olhar
para algo que irá lhe gerar sofrimento, procure entender, primeiramente, qual a
necessidade que tem de fazer isso consigo e depois busque estratégias que lhe
ajudem a alcançar os resultados que almeja.
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