As pessoas se afligem porque o outro não anda na mesma
velocidade que elas andam, esquecendo que cada um tem o seu tempo. Essa falta
de compreensão ou de tolerância em relação ao tempo do outro é motivo de vários
conflitos familiares e por vezes, até profissional.
Não temos como exigir que as pessoas se acelerem, porque
as consideramos lerdas. Rapidez ou lerdeza é muito subjetivo, depende do olhar
de quem vê e da forma como funciona. Por isso a necessidade de aprendermos a
lidar com o tempo do outro.
É comum as mães reclamarem que os filhos não fazem as
coisas que mandam, na hora que elas querem. E por que eles teriam que fazer na
hora que elas mandam? O que muda na vida de uma pessoa se a louça do almoço for
lavada logo que sai da mesa ou trinta minutos depois, por exemplo? Nada! Só que
tem pessoas que não conseguem tolerar e acabam transformando isso, numa
situação de conflito. Quando esses casos chegam para mim, fico questionando se a
verdadeira causa que gerou o conflito foi a "louça" ou se isso foi apenas o
motivo que a pessoa usou para extravasar sua raiva, o seu desconforto, a sua
frustração.
O mesmo ocorre na vida profissional, tem pessoas que
demandam mais tempo para realizar sua tarefa, mas não dá para julgar sua
competência por esse motivo. Existem pessoas que são mais detalhistas,
perfeccionistas, metódicas e com certeza levarão muito mais tempo para
desempenhar suas funções. Essas pessoas não surgem no nosso caminho por um
acaso, elas têm um papel a cumprir e costumo dizer que é de nos lembrar a
história da “Lebre e da Tartaruga”, convidando-nos a pensar sobre o nosso ritmo,
sobre os resultados que temos obtidos, sobre a qualidade desses resultados, ou
seja, se no final “ganhamos ou perdemos a corrida".
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