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domingo, 12 de maio de 2013

MÃE


     Mãe não é apenas aquela mulher que gera o filho, mas trata-se de uma vivência arquetípica muito antiga, pois desde que mundo é mundo,  esse arquétipo está presente, por meio da grande mãe, que é a Virgem Maria. O mesmo já não acontece com o arquétipo pai, que surge aproximadamente, no século VII a.C., quando começa a ser feita a associação do ato sexual com a paternidade e por isso, trata-se de um arquétipo relativamente novo e que não se tornou, ainda, uma imagem arquetípica na vida de muitos.

    Quando pensamos em mãe, somos levados a pensar na nossa origem enquanto ser, no uroboros, que é o grande redondo, o círculo onde não existe começo e nem fim. É um dos símbolos da perfeição original, onde contém o ventre materno e o útero, os pais primordiais, os opostos, a Divindade Primal. Mãe é tudo isso e muito mais, pois representa diversas manifestações da Deusa-Mãe e que cada um de nós construirá no seu inconsciente a sua imagem de mãe, apesar de ser um símbolo universal, ele tem uma representação diferente na vida de cada pessoa.

       A mãe pode ser a avó, a madrasta, a sogra, a tia, alguém que lhe acolhe ou até mesmo a Grande Mãe, a Virgem. Esse símbolo representa a magia da autoridade feminina, representado pela sua sabedoria, pela sua bondade, pela capacidade de acolher, por tolerar, por saber perdoar, por ter um amor incondicional para com o filho. Por isso, limitar o dia das mães apenas ao segundo domingo de maio é desvalorizá-las frente a sua riqueza.

     O ser mãe deve ser louvado todos os dias em todos os tempos, em todos os cantos, independente do continente em que estivermos, porque ela é sempre uma presença viva dentro de nós, em qualquer tempo de nossa vida. Ela é a base de todo nosso vir a ser, é a transformação, é a nossa referência, é o nosso silêncio, é o nosso começo e o nosso fim, ela é o redondo, é o uruboros que nos acolhe em todos os momentos.

     Nem sempre a imagem de mãe que temos dentro de nós irá ao encontro da mãe real e por isso, muitos conflitos são formados. Independente do tipo de mãe que temos, é inegável que ela é à base da nossa estrutura psíquica. Por tanto, mãe é um ser que transcende e que deve ser cultivado dentro de nós, por toda nossa existência.

    Que nesse dia das mães possamos louvar e agradecer a existência de todas as mães, até mesmo, daquelas que já não estão no nosso convivio.

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