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terça-feira, 28 de maio de 2013

PAIS, “CADÊ” VOCÊS!

               É preocupante o número de jovens que vem fazendo uso de bebida alcoólica, no entanto, o que mais chama atenção é permissividade dos pais, pois não creio que não vejam quando os filhos chegam à casa, depois de uma festa, que estão alcoolizados.

        O adolescente sempre vai tentar burlar as leis e regras impostas, pois é característico dessa fase, mas os pais serem permissivos a isso é preocupante. Afinal, onde está o amor incondicional pelo filho?

            Sabe-se que o uso de álcool pelos adolescentes não se reporta apenas a uma necessidade de autoafirmação, mas também aos exemplos que tem em casa. Pais que ao chegarem do trabalho e precisam fazer uso de alguma bebida de álcool para relaxar ou a mãe que para dormir tem que tomar um comprimidinho que a faz ter um sono tranquilo. Com isso, os pais vão passando aos filhos que existe uma fórmula mágica para resolver os problemas do dia-a-dia, para desopilar, sem perceberem o exemplo e a mensagem que estão dando aos filhos.

            Como atendo bastante adolescentes e circulo no meio deles, vejo que ao serem questionados sobre o uso indevido que fazem de álcool, eles justificam que não existe uma fiscalização que faça cumprir a lei. Vejo essa fala como algo muito interessante, pois mostram o quanto estão querendo limites, mas não encontram. Os pais não se importam se o filho está ingerindo álcool, alguns até contam isso, na roda de amigos, como uma grande proeza do filho, outros dizem que permitem que os filhos bebam em casa, pois assim sabem o que estão bebendo e o quanto estão ingerindo de álcool. Essa fala, também, nos mostra que os jovens, que já não tem esse limite em casa, buscam que as autoridades competentes os deem, mas não encontram, enquanto isso se vangloriam de que são “os caras que tudo podem”.   Isso porque não sabem ou não acreditam que poderão se tornar um alcoolista, visto os neurônios não estarem completamente desenvolvidos. Falta a membrana neuronal, que se forma por volta dos vinte e cinco anos e que irá proteger o neurônio, dificultando a penetração do álcool.

            Penso que os pais devem repensar o seu comportamento em relação aos filhos no que tange a esse assunto. Depois que tiverem se tornado um dependente ou ocorrido uma tragédia maior, aí só vai restar o sentimento de culpa, projetar para as autoridades que não fiscalizaram e não fizeram cumprir a lei que proíbe a venda de bebida alcoólica para menores, mas isso não mudará a essência do problema.

          Cabe às autoridades competentes fiscalizarem, mas cabe aos pais educarem, dar limites, orientar, conversar, receber o filho quando chega da festa, a fim de verificar como ele está, pois isso é uma das muitas formas existentes de mostrar o seu amor pelo filho.





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