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quarta-feira, 22 de maio de 2013

PENSAR É O MELHOR REMÉDIO

Artigo publicado no Jornal Comando da Cidade, edição Abril/Maio 2013 - Ano IV - Nº 48 página 10


          Quando o assunto é finanças, pensar é o melhor remédio, antes de tomar qualquer decisão, a fim de evitar transtornos futuros. Infelizmente não é isso que se percebe, primeiro as pessoas compram, tomam dinheiro emprestado, se endividam e depois justificam.

          Chama a atenção e até mesmo é preocupante o nível de endividamento dos idosos, devido aos empréstimos consignados. Esses apresentam facilidades e atrativos como de obter o valor desejado, sem precisar de avalista, com juros especiais e com a “vantagem” de as prestações serem descontadas em folha, sem terem que se preocupar com a data do vencimento. Só que esse conjunto de vantagens oferecidas, favorece para formação da famosa “bola de neve”, pois as pessoas acabam comprometendo um valor muito superior aos 30% que é permitido por lei. Quando se dão conta, estão fazendo um empréstimo para pagar o outro.

            O interessante é que o endividamento de muitos idosos se dá pela coação feita pelos familiares – filhos, netos, noras, genros – que exploram essa facilidade de conseguir um empréstimo com baixas taxas de juros.  Comprometem-se de pagar as parcelas, fazem pressão psicológica, assediam o idoso até o momento de conseguir o dinheiro, depois esquecem as combinações feitas, quando não se afastam, deixando o problema para que esse resolva.

          Por que será que essas pessoas se deixam ser coagidas? Pelo medo do abandono, da solidão, pela necessidade de agradar porque se sentem importantes e até mesmo poderosas por estarem ajudando os familiares. Qual a decepção e o sofrimento quando percebem que foram usados e que aquilo que temiam aconteceu, ou seja, estão sós com a parcela do empréstimo para pagar.

        Acabam se desestruturando emocionalmente, deprimem-se, tomam decisões não muito adequadas, porque agem pela emoção e cada vez vão se atrapalhando mais nas suas finanças.

          Para tomar decisões quando o assunto é finanças é fundamental que a razão prevaleça sobre a emoção, não se deixando seduzir pela conversa de ninguém e muito menos pelos apelos publicitários que estão toda hora sendo anunciados através dos meios de comunicação.

            Lembre-se, quando o assunto envolve dinheiro, pensar ainda é o melhor remédio, mesmo que isso retarde a sua decisão. O importante é avaliar todas as variáveis que existem em torno do dinheiro, pois quando falamos em dinheiro, não estamos apenas falando em dinheiro, mas em toda a simbologia que o envolve. Portanto, pense para não se arrepender depois.

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