Quando o assunto é
finanças, pensar é o melhor remédio, antes de tomar qualquer decisão, a fim de
evitar transtornos futuros. Infelizmente não é isso que se percebe, primeiro as
pessoas compram, tomam dinheiro emprestado, se endividam e depois justificam.
Chama a atenção e até mesmo é preocupante o nível de
endividamento dos idosos, devido aos empréstimos consignados. Esses apresentam
facilidades e atrativos como de obter o valor desejado, sem precisar de
avalista, com juros especiais e com a “vantagem” de as prestações serem
descontadas em folha, sem terem que se preocupar com a data do vencimento. Só
que esse conjunto de vantagens oferecidas, favorece para formação da famosa
“bola de neve”, pois as pessoas acabam comprometendo um valor muito superior aos
30% que é permitido por lei. Quando se dão conta, estão fazendo um empréstimo
para pagar o outro.
O interessante é que o endividamento de muitos idosos se
dá pela coação feita pelos familiares – filhos, netos, noras, genros – que
exploram essa facilidade de conseguir um empréstimo com baixas taxas de juros. Comprometem-se de pagar as parcelas, fazem
pressão psicológica, assediam o idoso até o momento de conseguir o dinheiro,
depois esquecem as combinações feitas, quando não se afastam, deixando o
problema para que esse resolva.
Por que será que essas pessoas se deixam ser coagidas?
Pelo medo do abandono, da solidão, pela necessidade de agradar porque se sentem
importantes e até mesmo poderosas por estarem ajudando os familiares. Qual a
decepção e o sofrimento quando percebem que foram usados e que aquilo que
temiam aconteceu, ou seja, estão sós com a parcela do empréstimo para pagar.
Acabam se desestruturando emocionalmente, deprimem-se,
tomam decisões não muito adequadas, porque agem pela emoção e cada vez vão se
atrapalhando mais nas suas finanças.
Para tomar decisões quando o assunto é finanças é
fundamental que a razão prevaleça sobre a emoção, não se deixando seduzir pela
conversa de ninguém e muito menos pelos apelos publicitários que estão toda
hora sendo anunciados através dos meios de comunicação.
Lembre-se, quando o assunto envolve dinheiro, pensar
ainda é o melhor remédio, mesmo que isso retarde a sua decisão. O importante é
avaliar todas as variáveis que existem em torno do dinheiro, pois quando
falamos em dinheiro, não estamos apenas falando em dinheiro, mas em toda a
simbologia que o envolve. Portanto, pense para não se arrepender depois.
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