Nos tempos atuais,
desenvolvemos o hábito de viver no “piloto automático”, não pensamos sobre o
que estamos fazendo, passamos achar chato ter que pensar e por isso preferimos
descartar qualquer coisa que nos exija esse esforço. Não avaliamos as decisões
que estamos tomando e quando estas não foram as mais adequadas, justificamos
que não temos sorte. Desta forma, vamos levando a vida, buscando sempre no
externo algo que possa justificar as coisas que nos acontecem.
Não prestamos atenção nas nossas reações e nas reações do
nosso corpo. Não avaliamos o que nos tirou o bom humor, o que nos deixou
estressado, triste, irritado ou até mesmo com raiva. Não sabemos o que nos
fragilizou, o que nos deixou desconfortável e assim vamos passando pela vida,
sem tentarmos entender o que está nos gerando esses sentimentos. Para
entendermos, precisaríamos parar e pensar sobre o que o nosso corpo está
sinalizando, o que estamos sentindo, só que pensar dói.
Agora, sabemos avaliar o comportamento do outro e os seus
sentimentos. E como sabemos fazer isso? Qual o parâmetro que usamos para esta
avaliação? Como posso conhecer o outro, se não me conheço?
Ignoramos ou não sabemos que nos conhecermos alivia muito
os nossos sofrimentos. É a partir do autoconhecimento que passamos a ter
condições de controlar a nossa própria vida, porque conseguimos identificar os sentimentos que estamos tendo
frente à determinada situação e compreender as nossas reações, que com certeza
estão relacionadas a nossa história de vida.
No momento que conseguimos ter esta consciência de quem
realmente somos e porque agimos de determinada forma, passamos, a saber, quais
são os conteúdos mentais mais significativos, quando estão atuando em nossa
mente e saberemos quais os meios que poderemos usar para melhorarmos.
Agora, é importante lembrar, que o processo de
autoconhecimento é moroso, dolorido, muitas vezes frustrante, mas mesmo assim,
é um caminho que vale a pena ser percorrido.
É um processo dolorido, mas no fim, todos nós estaremos sozinhos, então é melhor começar agora a gostar da própria companhia.
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