Conviver com pessoas invasivas, que não respeitam o limite que lhe é
dado, que se utiliza de suas verdades para opinar na vida do outro, muitas
vezes, valendo-se de argumentos e sentimentos que não são verdadeiros, mas que
gostariam que fossem e por isso se apropriam não para usar na sua vida, mas
sim, para dar “conselhos” na vida dos outros, não é uma tarefa fácil. Faz com
que despendamos muita energia, a fim de evitar conflitos maiores, para não
entrarmos na frequência da pessoa e até mesmo para não deixar transparecer o
nosso desconforto.
Opinar na vida alheia é
algo fantástico, porque desta forma não precisamos olhar para nossa e fazermos
as mudanças necessárias para nos tornarmos pessoas melhores. Na realidade, a
pessoa invasiva se percebe tão maravilhosa e acima de tudo e de todos, que não
lhe passa pela cabeça a hipótese de ter que mudar em algo. Se alguém tem que
mudar, com certeza é o outro, não ela. Geralmente, são pessoas onipotentes, que
se julgam capazes de decidir a vida do outro, mesmo que ele não lhe tenha
pedido opinião.
Este tipo de comportamento
tem se tornado, cada vez mais, algo bastante comum, pois as pessoas por suas
carências acabam acreditando que todos são “amigos” e que podem sair falando de
suas vidas. Esquecem que nem todas as pessoas são confiáveis, que escutam algo
e saem falando para todo mundo, quando não utilizam o que lhe foi confiado
para fazer bullying com a pessoa.
Porém, o invasivo jamais aceitará que está desenvolvendo este tipo de
comportamento, porque seu juízo crítico é prejudicado.
Na realidade são
pessoas que sofrem de um complexo de inferioridade muito grande, que
desconhecem limites, que são opositores, e na tentativa de mascararem a sua
forma de funcionar, se valem de mecanismos de defesa como a negação, a
onipotência, a projeção, a formação reativa, para conseguirem se manter bem.
Infelizmente, este tipo de pessoa, que acredita que pode opinar e se meter na
vida do outro, sem que alguém solicite seu parecer, acabam precisando circular
em vários ambientes, para se sentirem “pertencendo a”, pois com o passar do
tempo são colocadas de lado, visto ninguém tolerar sua invasão, por um período
mais prolongado, a não ser que o invadido seja tão carente, que necessite desta
pessoa. Neste caso, o recomendável é que as duas pessoas busquem ajudam de um
profissional, para compreenderem melhor as suas necessidades.
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