Parece meio depressivo
este título, até porque se trata de um assunto que normalmente as pessoas optam
por não falar, como se a finitude fosse algo evitável. Entretanto, a morte não
está somente associada à finitude, mas também a vida, só que não fazemos este
link, provavelmente, por não gostarmos de pensar sobre isto.
Não percebemos que estamos nos matando toda vez que
dizemos sim para o outro, quando a nossa vontade era dizer não. Quando
permitimos que as atitudes e fala do outro nos atinja, a ponto de sucumbirmos. Somos
capazes de admitirmos que o outro leve a nossa vida, mas não assumimos que
desta forma estamos nos permitindo viver a nossa própria morte. Na realidade,
nem nos damos conta que isto está ocorrendo, porque não desenvolvemos o hábito de
pensar sobre este assunto e até mesmo sobre a nossa vida.
Morremos todas às vezes que deixamos de viver plenamente
o aqui e agora, que procrastinamos, que não valorizamos e desfrutamos as coisas
que a vida nos oferece todos os dias, ficando preso no ontem ou tentando viver
o amanhã antecipadamente. Morremos todas as noites ao dormirmos, pois o sono é
uma das várias facetas da morte.
Quando tomamos a decisão de assumirmos o nosso estilo de
morrer, fortalecemos a nossa vida, deixando-a mais rica, pois conseguiremos abrir
mão da morbidez.
No momento que abrimos mão do preconceito em relação à
morte e nos permitimos ampliar o nosso conhecimento sobre ela, expressamos o
nosso viver por meio de uma mentalidade saudável, porque deixamos aberta a
porta para viver nossa vida e construir o que nos é conhecido, a partir do
desconhecido.
Gostaria de discutir a respeito disso.
ResponderExcluirPois não Duda, estou aberta para discussão. Fica à vontade. bjs
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