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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

VIVER A PRÓPRIA MORTE

    Parece meio depressivo este título, até porque se trata de um assunto que normalmente as pessoas optam por não falar, como se a finitude fosse algo evitável. Entretanto, a morte não está somente associada à finitude, mas também a vida, só que não fazemos este link, provavelmente, por não gostarmos de pensar sobre isto.

    Não percebemos que estamos nos matando toda vez que dizemos sim para o outro, quando a nossa vontade era dizer não. Quando permitimos que as atitudes e fala do outro nos atinja, a ponto de sucumbirmos. Somos capazes de admitirmos que o outro leve a nossa vida, mas não assumimos que desta forma estamos nos permitindo viver a nossa própria morte. Na realidade, nem nos damos conta que isto está ocorrendo, porque não desenvolvemos o hábito de pensar sobre este assunto e até mesmo sobre a nossa vida.

    Morremos todas às vezes que deixamos de viver plenamente o aqui e agora, que procrastinamos, que não valorizamos e desfrutamos as coisas que a vida nos oferece todos os dias, ficando preso no ontem ou tentando viver o amanhã antecipadamente. Morremos todas as noites ao dormirmos, pois o sono é uma das várias facetas da morte.

  Quando tomamos a decisão de assumirmos o nosso estilo de morrer, fortalecemos a nossa vida, deixando-a mais rica, pois conseguiremos abrir mão da morbidez.

  No momento que abrimos mão do preconceito em relação à morte e nos permitimos ampliar o nosso conhecimento sobre ela, expressamos o nosso viver por meio de uma mentalidade saudável, porque deixamos aberta a porta para viver nossa vida e construir o que nos é conhecido, a partir do desconhecido.

            

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