Esta parece ser uma
pergunta pertinente à adolescência, na realidade, ela pode ser feita a qualquer
momento da vida, pois sempre é tempo de tornar-se aquilo que deseja ser.
Ás vezes, ficamos presos a algumas convenções, esquecendo
que sempre é tempo para refletir sobre a própria vida e fazer as mudanças que
julgar necessárias. Afinal, estamos vivos e podemos pensar sobre o tipo de
pessoa que ainda gostaríamos de nos tornar. Pessoas mais leves, mais
brincalhonas, mais risonhas, menos estressadas, mais humanas, mais tolerantes,
menos apreensivas, menos egoístas, mais saudáveis?
A resposta está dentro de cada um, o importante é
questionar-se e estar aberto às mudanças. Entretanto, não são todos que
encontram a resposta, por não estarem abertos ou preparados para enfrentar à
mudança. Estas, geralmente, são pessoas menos introspectivas, que tem um olhar
mais voltado para o externo e para o outro. Justificam o seu não fazer, a sua
condição, responsabilizando o universo e o outro.
Mudar não é fazer tudo o que quer, mas é desenvolver a
capacidade e levar a sério tudo aquilo que está fazendo, a fim de obter
satisfação.
Queixar-se da vida, responsabilizar o outro, assumir o
papel de vítima, não leva ninguém a nenhum lugar, ou melhor, leva a uma
frustração constante, tornando-se reféns de uma vida infeliz. Não se dão conta
do absurdo que colocam, pois como alguém poderá ter poder sobre a nossa vida, o
nosso destino e a nossa felicidade?
Por não pensarem o que querem ser, acabam não encontrando
alternativas para sua vida, ficando paralisados na situação em que se
encontram. Normalmente, as pessoas respondem facilmente a pergunta o que querem
ter, não precisa nem pensar, ignorando que o ter pode ser passageiro, ao passo
que o ser não se trata de algo efêmero, no entanto, não é valorizado, porque
não é algo que pode ser visto por todos,
é trabalhoso e por vezes,
dolorido e angustiante.
Só que para se chegar a algum lugar, faz-se necessário
saber o que se quer ser, caso contrário, a pessoa continuará patinando na
mesmice em que vive há muito tempo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRemovi o anterior por erro ortográfico... Mas é um excelente texto! Tem gente que bate o pé: "mas eu sou assim"! e pensa ser vergonhoso admitir (até para si mesmo) alguma falha. Aí como foi dito no texto, prefere transferir a culpa. Sair da zona de conforto demanda uma força de vontade tremenda além de muita auto confiança. Mas se a auto estima não é lá essas coisas... Sei lá, tenho a impressão que a civilização ocidental acha que a vida é só consumir, divertir-se, ser servido, ser bajulado, enfim, ter uma vida moral de criança de dez anos de idade.
ResponderExcluirPenso que todos nós somos um pouco assim, mas quando nos damos conta, temos a possibilidade de mudar e nos tornarmos mais em paz com a gente mesmo. abraço e obrigada por curtir e comentar meus texto. Como já te disse anteriormente, nem sempre consigo responder, mas curto teus comentários, com certeza.
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