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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O QUE A PSICOLOGIA TEM A VER COM FINANÇAS E ENDIVIDAMENTO?

         Como tenho recebido vários emails me questionando o motivo que tem me levado a escrever sobre as questões financeiras, resolvi responder no blog, pois assim economizo tempo e posso produzir mais.

        Nos últimos três anos tenho observado em meu consultório, que está aumentando o número de pacientes que buscam a terapia por causa dos problemas financeiros. Isso é identificado, muitas vezes, na primeira sessão. Inicialmente falam dos sintomas que os levaram a buscar ajuda. Estes normalmente estão associados a um quadro de depressão, estresse, ansiedade entre outros. No decorrer da conversa, começam a falar das dificuldades financeiras que estão vivendo. Pode-se, então, identificar que esta é a causa, na maioria das vezes, da sintomatologia apresentada.

      Como são pessoas que precisam de um resultado rápido, pois se encontram em situações bastante delicadas, sem muito tempo e sem muitas condições financeiras para investir num tratamento de médio a longo prazo, opto por trabalhar com a técnica cognitiva-comportamental em uma psicoterapia breve. A técnica cognitiva-comportamental é conhecida pela sua eficiência em várias áreas, mostrando bons resultados, desde que haja um comprometimento do profissional e do paciente, por se tratar de uma técnica bastante trabalhosa. O psicoterapeuta não pode ir para uma sessão de terapia cognitiva-comportamental, sem antes planejá-la e o paciente tem que ter claro que vai precisar de um tempo para fazer o seu "tema de casa".

       Outro ponto que me ajuda bastante a trabalhar com as questões financeiras é a especialização que fiz na área de marketing de serviços. Esse curso ampliou os meus horizontes, dando-me uma maior visibilidade na área de negócios, de planejamento e hoje quando trabalho as questões financeiras, me utilizo de muitas estratégias que aprendi no marketing. Como é um tema que me chama atenção, estou sempre lendo sobre o assunto, especulando o que tem de novo nesta área de marketing e de finanças, quais os melhores investimentos que tem para o pequeno e médio investidor, como as pessoas podem negociar suas dívidas para saírem mais rápido do vermelho. Agora é importante lembrar que como psicóloga, não me cabe dizer qual a estratégia que a pessoa deve seguir. Cabe ajudá-lo a pensar nas estratégias que poderá lançar mão, mas a decisão e a responsabilidade de escolha são sempre do paciente.

     Por estar sempre lendo, estudando e pesquisando sobre o assunto, comecei a ser indicada, inicialmente, por alguns pacientes para fazer palestras, para dar consultoria nesta área financeira. Esses convites começaram a surgir com mais frequência nos últimos tempos, obrigando-me há dedicar um tempo para ampliar o conhecimento e escrever sobre o assunto. O que me surpreende às vezes é o questionamento que as pessoas fazem: o que a psicologia tem a ver com finanças, com endividamento? A psicologia tem tudo a ver, pois quando falamos de endividamento não falamos apenas do endividamento financeiro, mas do endividamento emocional e simbólico, mas isso é assunto para depois.

   As pessoas precisam se dar conta, que hoje vivemos num mundo em que tudo está interligado, que o profissional não pode se limitar aos assuntos da sua área, pois o mercado exige muito mais. O profissional que ficar preso apenas a sua área, com certeza, estará fora do mercado logo, logo.





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