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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SÍNDROME PÓS-NATALINA

        O psicanalista Christian Ingo Lenz Dunker, professor do Instituto de psicologia da USP (SP), explica que a síndrome pós-natalina, como toda síndrome, reune um conjunto de sintomas, que se apresentam de forma regular, não sendo necessário a presença de todos. Segundo ele, esta síndrome acomete geralmente pessoas de meia-idade, não ocorrendo quase em crianças e tendo a tendência de diminuir após os 60 anos. Salienta que a reincidência, num período de longo prazo, poderá gerar uma imunidade..

       É fácil identificar os sintomas característicos desta síndrome, que são: irritabilidade, reatividade, explosões alternadas de ternura e violência, agitação psicomotora e uma sensação de asfixia psíquica, podendo esta se manifestar por meio de sentimentos persecutórios, como por exemplo, ter a sensação de que todo mundo está lhe olhando, comparações e julgamentos vindos de terceiros ou de si mesmo. Esta síndrome normalmente apresenta-se em duas fases: no Natal comparamos o que somos com o que deveríamos ser; no Ano-Novo comparamos o que queremos ser com o que somos . Daí a importância de passarmos o Natal com a família, pois esta nos ajuda a lembrar o que somos, nos dá o nosso referencial  e no Ano-Novo, viajamos a fim de esquecermos quem somos.

       O psicanalista coloca que esta síndrome se desencadeia devido a corrida das pessoas aos bancos do narcisismo, na tentativa de encontrar seus ideais, expectativas e lembranças depositados. Ao mesmo tempo em que há uma desvalorização, há uma supervalorização no "mercado" do bem estar e da infelicidade, a saber, a economia da crença. A troca de presentes, que hoje é muito comum, nada mais é que a crença no papai-noel, que alimenta a crença das crianças.

       Ao montarmos uma árvore, pendurar bolas, acender velas, montar o presépio, comer peru, trocar presentes, são indícios de que se acredita em papai-noel. O mesmo ocorre quando se come lentilha, se pula sete ondas, abre-se  espumante, demonstra-se que acredita-se num ano-novo. O ano-novo desperta em muitos, a esperança de que tudo será diferente, mas para que isso aconteça  é necessário que a pessoa esteja disposta  a mudar, caso contrário, continuará reafirmando que acredita em papai-noel.  Se você tem estes rituais, mesmo que diga que faz para agradar os outros, você se enquadra na síndrome pós-natalina.

      Já que agora você conhece um pouco dessa síndrome, pense como poderá fazer para livrar-se dela. Agora, se você preferir continuar acreditando em papai-noel, ao menos tenha a clareza que ele só existe no mundo infantil, mas que você tem o direito de fazer essa opção.

2 comentários:

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