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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SERÁ UM FENÔMENO?

        Me chamou atenção nos últimos dias, que algumas pessoas estavam ansiosas para o início do "Big Brother". Fiquei surpresa, pois nunca pensei que poderia existir pessoas que gostassem tanto desse programa. Com isso, fiquei a me questionar, o que pode levar as pessoas se prenderem a um programa que não soma nada no conhecimento. Me dei conta, que as pessoas não estão preocupadas com o conhecimento, com a cultura. Programa para ter Ibope, tem que atender os interesses do grande público.  Parece que o interesse das pessoas está naquilo que ajuda a sustentar a suas fantasias.

          Saber da vida do outro, hoje em dia, é algo comum. Afinal, as pessoas ficam horas no facebook, no orkut, assumindo o papel de voyer, pois vasculham a vida do outro, sem terem o mínimo constrangimento. Este tempo, em  que estão preocupados em saber o que o outro está fazendo, com quem está saindo, por onde anda indo, poderiam aproveitar para refletirem sobre suas vidas, como estão conduzindo-a, quem realmente são, o que precisa mudar, entre tantas outras coisas. No entanto, o outro, parece que passou a ser muito mais importante. Por que? Será que estão com medo de enfrentarem as suas realidades?

         O Big Brother é uma das forma que as pessoas  encontram de alimentar suas fantasias, os seus sonho. Muitos, até acreditam, que no  próximo ano estarão na tela, com chance de ficarem milionários, sem ter que fazer muito esforço, desfrutando de toda uma mordomia, que muitas vezes não tem em sua casa. Quem não gostaria de ficar milionário, sem muito esforço?

       Este tipo de programa serve para alimentar o funcionamento de nossa sociedade nos dias atuais, onde as pessoas vivem muitas vezes, uma vida de aparência, em busca de um status, de conquistar um espaço no mercado de trabalho, na sociedade. Dessa forma, acreditam que serão reconhecidos, valorizados e aceitos. Chegam, ás vezes, a quererem viver a vida do outro, pois julgam que ela é boa. Esquecem, que o ser humano é um ser singular, que vive, nasce e morre sozinho. Nem mesmo os gêmeos nascem juntos. Que não é possível pegar carona na vida de ninguém, que cada pessoa só pode viver a sua vida, mas para que isso aconteça, é necessário que se conheça e se aceite.

       As pessoas ao se inscreverem para participar desse tipo de programa, talvez não percebam que estão expondo a sua vida para o mundo todo, ou quem sabe, este é o objetivo. Afinal, vivemos hoje numa sociedade de egos inflados, narcisicos, querendo um  brilhar mais do que o outro. Um programa como o Big Brother, só reforça o funcionamento do nosso povo.       

        Agora, o que mais me chama a atenção é que as pessoas, independente da faixa etária, do nível cultural, do nível sócio-econômico, se interessam por esse tipo de programa, chegando a pagar para vê-lo 24horas. Será esse programa um fenômeno ou as pessoas o percebem como tal?        

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