Existe uma tendência de as pessoas
confundirem memória com atenção, elas caminham junto, mas precisamos ter claro
que não se trata da mesma coisa
A etiologia da palavra memória vem do
latim e significa reter e /ou adquirir idéias, expressões, conhecimentos
adquiridos, imagens, sendo uma faculdade cognitiva essencial, pois é por meio
dela que se dá o aprendizado. Ajuda-nos a retornar ao passado, nos oportuniza fazer
associações, nos permite armazenar informações de coisas que aconteceram
recentemente ou em um tempo mais longínquo. Quando falamos em memória, estamos
nos reportando a um conjunto de atividades que fazem parte de um processo
biofisiológico, bem como psicológico, que são produzidos a partir de
acontecimentos anteriores, próximos ou não, mas que provocam uma mudança no
indivíduo.
A
memória é formada por uma complexa rede, que envolve diversas áreas do cérebro
como: o lobo temporal, o neocórtex temporal, o hipocampo, a amígdala, o
hipotálamo, cerebelo. O processo de memorização envolve, também, as reações
químicas dos neurônios, que quando são ativados liberam hormônios ou
neurotransmissores atingindo através das sinapses, outras células nervosas.
É comum com o passar dos anos, as
pessoas começarem a ter um desgaste da capacidade de reter e acessar
informações. Isso pode se agravar com noites mal dormidas, uma má alimentação,
falta de atividade física, acomodação, pouca leitura, falta de concentração e
de atenção.
Muitas vezes as pessoas acreditam que
estão com problema de memória, mas na realidade o que lhes falta é atenção. Essa
é a responsável por muitas das gafes que cometemos no nosso dia-a-dia.
A atenção é definida, segundo alguns
autores, como um processo psicológico, onde o indivíduo precisa concentrar sua
atividade psíquica sobre determinado objeto. Não é uma função autônoma, por estar
vinculada a consciência e também ao processo de concentração. Às vezes, faz-se
necessário que eliminemos alguns estímulos, a fim de concentrarmo-nos em
outros. Já no entendimento da neurociência, a atenção se forma através das
redes neuronais responsáveis pelos estados de alerta, de foco e de
concentração.
O importante é conhecermos a diferença
que existe entre memória e atenção, porque é bastante comum vermos as pessoas
ficarem preocupadas por estarem esquecendo as coisas com muita facilidade ou
cometendo alguns deslizes. Investigar sempre é a opção mais acertada.
Entretanto, quando começar a identificar que está tendo lapsos de memória ou
até mesmo tendo dificuldade de lembrar algumas coisas, não é necessário entrar
em pânico, primeiro verifique se: está tendo uma boa noite de sono, se não está
deprimido, se não está fazendo uso ou abuso de álcool ou outra droga, se não
está fazendo uso de nenhuma medicação que possa provocar esse sintoma, se não
tem déficit de atenção, se não tem dificuldade para concentrar-se, se não está
ansioso ou preocupado com alguma coisa. Qualquer um desses fatores contribui para redução da atenção,
concentração e consequentemente da memória.
O ideal para não esquecer é prestar
atenção, fazendo exercícios que o ajudem a lembrar das coisas. Por exemplo,
tente lembrar onde colocou os óculos. Quando for largá-lo em algum lugar, diga em voz alta “estou colocando os
óculos em cima da mesa”. Assim estará ajudando a fixar a informação e quando
for pegar os óculos, lembrará com mais facilidade.
Outra forma de exercitar sua atenção e
memória é ao ler uma notícia que lhe chame a atenção ou um livro, ao ver um
filme interessante desenvolva o hábito de comentar, pois isso lhe obrigará a
pensar sobre o que leu, viu ou ouviu e fará com que a memória seja acionada.
Assim como a atividade física é
importante para mantermos uma boa saúde física e mental, a ginástica
cerebral também faz-se necessária, a fim
de mantermos o nosso cérebro ativo.
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