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terça-feira, 10 de julho de 2012

MEMÓRIA X ATENÇÃO

        
          Existe uma tendência de as pessoas confundirem memória com atenção, elas caminham junto, mas precisamos ter claro que não se trata da mesma coisa

        A etiologia da palavra memória vem do latim e significa reter e /ou adquirir idéias, expressões, conhecimentos adquiridos, imagens, sendo uma faculdade cognitiva essencial, pois é por meio dela que se dá o aprendizado. Ajuda-nos a retornar ao passado, nos oportuniza fazer associações, nos permite armazenar informações de coisas que aconteceram recentemente ou em um tempo mais longínquo. Quando falamos em memória, estamos nos reportando a um conjunto de atividades que fazem parte de um processo biofisiológico, bem como psicológico, que são produzidos a partir de acontecimentos anteriores, próximos ou não, mas que provocam uma mudança no indivíduo.

A memória é formada por uma complexa rede, que envolve diversas áreas do cérebro como: o lobo temporal, o neocórtex temporal, o hipocampo, a amígdala, o hipotálamo, cerebelo. O processo de memorização envolve, também, as reações químicas dos neurônios, que quando são ativados liberam hormônios ou neurotransmissores atingindo através das sinapses, outras células nervosas.

        É comum com o passar dos anos, as pessoas começarem a ter um desgaste da capacidade de reter e acessar informações. Isso pode se agravar com noites mal dormidas, uma má alimentação, falta de atividade física, acomodação, pouca leitura, falta de concentração e de atenção.

        Muitas vezes as pessoas acreditam que estão com problema de memória, mas na realidade o que lhes falta é atenção. Essa é a responsável por muitas das gafes que cometemos no nosso dia-a-dia.

        A atenção é definida, segundo alguns autores, como um processo psicológico, onde o indivíduo precisa concentrar sua atividade psíquica sobre determinado objeto. Não é uma função autônoma, por estar vinculada a consciência e também ao processo de concentração. Às vezes, faz-se necessário que eliminemos alguns estímulos, a fim de concentrarmo-nos em outros. Já no entendimento da neurociência, a atenção se forma através das redes neuronais responsáveis pelos estados de alerta, de foco e de concentração.

        O importante é conhecermos a diferença que existe entre memória e atenção, porque é bastante comum vermos as pessoas ficarem preocupadas por estarem esquecendo as coisas com muita facilidade ou cometendo alguns deslizes. Investigar sempre é a opção mais acertada. Entretanto, quando começar a identificar que está tendo lapsos de memória ou até mesmo tendo dificuldade de lembrar algumas coisas, não é necessário entrar em pânico, primeiro verifique se: está tendo uma boa noite de sono, se não está deprimido, se não está fazendo uso ou abuso de álcool ou outra droga, se não está fazendo uso de nenhuma medicação que possa provocar esse sintoma, se não tem déficit de atenção, se não tem dificuldade para concentrar-se, se não está ansioso ou preocupado com alguma coisa. Qualquer um desses fatores contribui para redução da atenção, concentração e consequentemente da memória.

        O ideal para não esquecer é prestar atenção, fazendo exercícios que o ajudem a lembrar das coisas. Por exemplo, tente lembrar onde colocou os óculos. Quando for largá-lo em algum lugar, diga em voz alta “estou colocando os óculos em cima da mesa”. Assim estará ajudando a fixar a informação e quando for pegar os óculos, lembrará com mais facilidade.

        Outra forma de exercitar sua atenção e memória é ao ler uma notícia que lhe chame a atenção ou um livro, ao ver um filme interessante desenvolva o hábito de comentar, pois isso lhe obrigará a pensar sobre o que leu, viu ou ouviu e fará com que a memória seja acionada.

        Assim como a atividade física é importante para mantermos uma boa saúde física e mental, a ginástica cerebral  também faz-se necessária, a fim de mantermos o nosso cérebro ativo.



       


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