Cada vez mais tenho que
concordar com a idéia da “transvaloração de todos os valores” que Nietzsche
pregava, ou seja, o humano precisa transmutar todos os valores medíocres,
decadentes, a fim de invertê-los, para que tenhamos pessoas mais fortes,
autênticas, que amem esta vida, que gostem do mundo em que vivem, que não tenham a preocupação de estar
competindo com os outros, que não precisem ficar preocupados em se vingar, em
destruir o outro.
Infelizmente não tenho como negar que a hipocrisia, a
falsidade, a competitividade estão muito presentes na vida das pessoas, deixando-as
cada vez mais vazias. A pobreza do ser humano é algo preocupante, pois o que
estão passando para as crianças e jovens com quem convivem? Temos uma juventude
egocêntrica, que desconhece o que é educação, o que é responsabilidade, o que é
comprometimento, o que é respeito, mas como exigir isso deles, se os adultos não
conseguem transmitir?
Percebe-se que cada vez mais as pessoas têm a necessidade
de se esconderem no meio da multidão, com medo de ter que enfrentar a solidão.
A solidão assusta porque é o momento em que o humano se despe diante de si, que
se torna juiz de si mesmo, que o obriga ver quem ele é. Esse momento só
consegue viver quem realmente é forte, quem busca o autoconhecimento, quem
deseja superar os desafios que a vida lhe oferece, quem tem o desejo de crescer
e se fortalecer como pessoa. Aquele que consegue isso consegue também, transvalorizar
seus valores, superando a mediocridade que toma conta dessa sociedade adoecida
em que vivemos.
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