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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

MEMÓRIA SABOROSA

  
         Quem de nós já não comeu alguma comida ou sobremesa saborosa e no dia seguinte continuou lembrando, lamentando por não ter conseguido comer mais? Normalmente quando isso acontece, a pessoa se culpa, se percebe como guloso, chega a valer-se desses argumentos para justificar seus quilinhos a mais. O que não sabe é que essa lembrança se dá, pela formação natural da memória.

            Pesquisas realizadas nos Estados Unidos e na Itália, indica que ao comermos alimentos ricos em gordura, estamos estimulando a formação de memória de longo prazo, ou seja, aquela que não nos deixa esquecer tão rapidamente o acontecimento. Por isso, lembramos dos quitutes que comemos na festa de ontem ou do mês passado.

            Esse mesmo grupo de pesquisadores identificou que os ácidos oléicos, que são obtidos a partir da hidrólise da gordura animal e também de alguns óleos vegetais, são transformados pelo intestino delgado em uma molécula conhecida com o oleoletanolamina (OEA). Eles não só enviam mensagem de saciedade para o cérebro, ajudando, portanto, na perda de peso, mas também causam a consolidação da memória, permitindo que as memórias superficiais, de curto prazo, sejam transformadas em memória de longo prazo, podendo ser armazenadas.

            É importante lembrar que assim como a OEA contribui para a sensação de saciedade, ela pode causar o efeito rebote, estimulando no indivíduo, o desejo de comer novamente alimentos ricos em gordura. Sabe-se que a ingesta de gordura em excesso, acaba causando prejuízos à saúde.

             O importante é não fazer culpa, ao lembrar-se das comidas gostosas que você ingeriu, pois isso faz parte do processo de funcionamento do nosso organismo, ou seja, essa informação está armazenada na sua memória de longo prazo, que lhe permite lembrar, até mesmo, daquele bolinho que sua avó fazia quando ia visitá-la.

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