Quem de nós já não
comeu alguma comida ou sobremesa saborosa e no dia seguinte continuou lembrando,
lamentando por não ter conseguido comer mais? Normalmente quando isso acontece,
a pessoa se culpa, se percebe como guloso, chega a valer-se desses argumentos para
justificar seus quilinhos a mais. O que não sabe é que essa lembrança se dá,
pela formação natural da memória.
Pesquisas realizadas nos Estados
Unidos e na Itália, indica que ao comermos alimentos ricos em gordura, estamos
estimulando a formação de memória de longo prazo, ou seja, aquela que não nos
deixa esquecer tão rapidamente o acontecimento. Por isso, lembramos dos
quitutes que comemos na festa de ontem ou do mês passado.
Esse mesmo grupo de pesquisadores
identificou que os ácidos oléicos, que são obtidos a partir da hidrólise da
gordura animal e também de alguns óleos vegetais, são transformados pelo
intestino delgado em uma molécula conhecida com o oleoletanolamina (OEA). Eles não
só enviam mensagem de saciedade para o cérebro, ajudando, portanto, na perda de
peso, mas também causam a consolidação da memória, permitindo que as memórias
superficiais, de curto prazo, sejam transformadas em memória de longo prazo,
podendo ser armazenadas.
É importante lembrar que assim como a
OEA contribui para a sensação de saciedade, ela pode causar o efeito rebote,
estimulando no indivíduo, o desejo de comer novamente alimentos ricos em
gordura. Sabe-se que a ingesta de gordura em excesso, acaba causando prejuízos à
saúde.
O importante é não fazer culpa, ao lembrar-se
das comidas gostosas que você ingeriu, pois isso faz parte do processo de
funcionamento do nosso organismo, ou seja, essa informação está armazenada na
sua memória de longo prazo, que lhe permite lembrar, até mesmo, daquele bolinho
que sua avó fazia quando ia visitá-la.
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