Aceitar a verdade do
outro por vezes é complicado e interfere nas nossas relações interpessoais, por
que queremos impor a nossa forma de pensar.
Os pilares da forma de
pensar, de sentir e agir são a tradição e o hábito e esses variam conforme a
realidade, a cultura, o meio em que estamos inseridos, portanto, não existe uma
verdade absoluta.
O que não podemos deixar acontecer é ser invadido pela
razão da mesmice, não nos permitindo conhecer novos pontos de vista, tendo uma
visão monocular do mundo. O que não devemos fazer, principalmente nesse mundo
globalizado, em que vivemos, é pensar que somos perfeitos e que sabemos tudo,
porque essa maneira de pensar pode nos colocar fora do páreo por um bom tempo.
Isso não significa que temos que concordar com tudo que nos dizem, podemos duvidar,
debater, argumentar, desde que tenhamos elementos que dêem sustentabilidade à idéia
que estamos defendendo.
Um princípio que nos ajuda a aceitar a verdade do outro é
aceitar que não sabemos nada, porque geralmente o que nos impede de escutar o
que outro tem a dizer é o nosso excesso de arrogância e segurança, mas isso só
serve para nos atrapalhar. Aceitar que nada sabemos, exige que tenhamos uma boa
dose de humildade, porém, não tem como não assumirmos que somos ignorantes,
porque não dominamos todos os conteúdos. Por isso hoje, o mercado de trabalho
exige que tenhamos conhecimento de áreas diversificadas, se quisermos ter uma
posição de destaque na vida profissional.
Outro fator importante é a pessoa estar disposta a mudar
a sua maneira de ver as coisas e os seus paradigmas. Isso não é algo fácil de
fazer, porque precisamos deixar a zona de conforto que estamos acostumados para
entrar na zona de aprendizagem que nos é totalmente desconhecida. Por isso,
quando entramos nela, é como se tivéssemos entrado em uma zona de pânico,
obrigando o nosso cérebro gastar muito mais energia e como o nosso instinto de
sobrevivência diz que “não devemos gastar tanta energia”, é melhor que
continuemos pensando da forma que pensamos e fazendo as coisas sempre do mesmo
jeito, para economizar energia.
Agora, se queremos pertencer ao grupo de pessoas mais
eficazes, precisaremos mergulhar na zona de aprendizagem com muito amor, entusiasmo,
paixão, inspiração e força; é necessário revermos o nosso modo de pensar,
refletir sobre ele, estar aberto para escutar e entender o que o outro nos diz,
principalmente aquele conteúdo que não foi verbalizado. Peter Drucker afirmava
que “o mais importante da comunicação é escutar o que não se diz”.
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