Por vezes, fico
pensando que o humano está vivendo de forma fragmentada, não vive inteiramente aquilo
que faz, pois sempre associa alguma coisa ao que está realizando, porque
precisa vencer a demanda que lhe é imposta no seu dia-a-dia.
Pensa em várias coisas ao mesmo tempo. Deseja obter algo,
mas vai à contramão do que almeja. Afirma não querer mais alguma coisa ou uma
determinada situação, mas não consegue se desvincular dela. Quer paz, mas
reclama e briga o tempo todo. Busca a tranquilidade, mas está sempre correndo
para ganhar e ter mais. Isso denota que entre a sua fala e o seu comportamento,
existe uma dicotomia. Desse jeito, vai vivendo, sem aproveitar plenamente cada
momento da vida.
Essa forma dividida de viver, não permite que o humano se
perceba, pois tem dificuldade de parar e olhar para si. Busca se encontrar
através do outro, esquecendo que só conhecerá o outro, se antes se conhecer.
Está sempre tentando encontrar soluções mágicas no externo, para resolver os
conflitos internos. Procura uma forma de se livrar do medo que o move, em
função dos sentimentos de incapacidade, insegurança, menos valia, baixa
auto-estima, que lhe toma conta. Na tentativa de se livrar do desconforto
causado por esses sintomas, gasta de forma exacerbada, come compulsivamente,
procrastina, envolvem-se em relações promíscuas, apela para bebida, o cigarro e
às vezes, até para as drogas ilícitas, sem ponderar os prejuízos que essas
atitudes poderão acarretar na sua vida pessoal e profissional.
A única maneira de livrar-se dessa vida fragmentada que
vive, o humano precisa interromper esse processo, procurando ter uma consciência
integrada, que lhe permitirá ver que toda mudança tem que ser feita de dentro
para fora, para que haja um resultado satisfatório em sua vida, permitindo-lhe
vivê-la inteira, sem dissociações. Essa nova maneira de viver lhe gerará mais
confiança, segurança e isso refletirá nas suas relações pessoais e
profissionais, oferecendo-lhe boas perspectivas e uma melhor qualidade de vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário