Parece mentira que em
pleno século XXI, ainda existam mulheres que para manterem o casamento,
submetem-se a violência psicológica do seu marido/parceiro. Isso independe do
nível social e cultural, pois se trata de uma dependência emocional que está
associada a sua baixa auto-estima, ao sentimento de menos valia, de
insegurança, de incompetência, etc.
É comum o não reconhecimento da violência psicológica ou
a desvalorização da mesma, visto essa não deixar marcas. Entretanto, sabe-se
que as marcas deixadas por ela, são muito mais profundas que as deixadas pela
violência física.
A violência psicológica caracteriza-se pela ausência
ou inadequação do suporte afetivo e a falta de reconhecimento das necessidades
emocionais da pessoa. Essa carência afetiva faz com que as mulheres se submetam
a situações de humilhação, de ridicularização, de hostilidade, de indiferença.
Calam frente às ameaças, aos insultos verbais. Conformam-se com a rejeição e assumem
a culpabilidade da situação, apesar de sofrerem por isso. Mesmo assim,
encontram desculpas para justificar as atitudes agressivas do marido/parceiro,
porque viver longe dele lhes é algo inconcebível, em função da dependência
emocional que tem.
Esse tipo de relação que elas estabelecem, denota uma
patologia emocional, ao mesmo tempo em que revela o processo de
retroalimentação que se estabelece na relação, ou seja, todo o agressor precisa
de uma vítima para poder expressar sua agressão e toda a vítima precisa de um
agressor para poder desempenhar o seu papel de vítima.
Essa relação precisa ser interrompida, porém
é difícel, porque a vítima repete um padrão disfuncional de insatisfação, de insegurança,
de infelicidade, de vergonha, de medo, de raiva, de isolamento, de repressão,
de ressentimento, de infelicidade e culpa que desenvolveu ao longo de sua
história. Esses sentimentos impendem que a mulher faça uma denúncia contra o
agressor, porque não consegue perceber isso como violência, por ser algo que já
está internalizado no seu eu.
A violência psicológica precisa ser denunciada e a vítima
precisa buscar ajuda para conseguir romper com esse círculo vicioso que deixou
se instalar em sua vida. Obviamente, que não podemos ter um olhar apenas para
vítima, mas também para o agressor, para que possa entender o motivo que o leva
a agir assim. Na maioria das vezes, o agressor já foi vítima em algum momento e
a sua agressividade pode ser a forma que aprendeu para se defender.
As mulheres que sofrem esse tipo de violência resistem em
buscar ajuda, preferem sofrer e fazer de conta que nada está acontecendo, pois
temem serem orientadas a se separarem. Isso para elas seria algum desesperador,
porque não conseguem imaginar a possibilidade de viverem longe do agressor.
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ResponderExcluirSimon through the Webinar.
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