Essa é uma
pergunta muito comum quando chamo os pais dos adolescentes para conversar, só
que agora percebo que ela está se estendendo para outras pessoas e com um
enfoque diferente, pois querem encontrar respostas em relação ao mundo em que
estamos vivendo. Referem que as relações estão muito difíceis, que as cobranças
são muitas, que parece que tudo se perdeu de uma hora para outra.
Na realidade, as coisas não se perderam de uma hora para
outra, penso que o momento atual reflete o que foi sendo construído ao longo do
tempo, mas só agora estamos nos dando conta do que construímos para nós. Uma
sociedade adoecida, formada por egos inflados, onde as pessoas estão cada vez
mais perdendo seu referencial de valores, vivendo uma crise de identidade e
ética.
A juventude busca algo que não sabe bem o que é, não
tendo ainda, decidido o rumo que vão dar para suas vidas. A religião viveu uma
grande crise no século XX e com isso, foi perdendo a posição que ocupava
anteriormente. Com o passar do tempo, fomos perdendo o nosso senso histórico. Não
relevamos mais os conhecimentos transmitidos por nossos antepassados, pois
estamos preocupados com os avanços tecnológicos, com o sensacionalismo, com
notícias dramáticas, que são informadas repetidamente ao longo do dia, com as
novelas que nada acrescentam culturalmente na vida das pessoas, mas que elas
não saem da frente da telinha, por se identificarem com alguns personagens.
Esse momento convida-nos a pensar, o que fazer? O que
dizer quando somos questionados sobre o que está acontecendo? Será que isso é o
nosso mundo? A nossa sociedade? Será que nós somos isso? Estaremos vivendo o
século da insensatez? Não sei!
É difícil encontrar respostas para esses questionamentos,
visto termos a sensação de que vivemos numa sociedade com ideais utópicos, em que somos envolvidos
por uma cultura e uma fé inabalável, reforçada por fortes valores morais e
éticos.
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