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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ENCONTRAR UM CULPADO

          
           É impressionante como estamos sempre buscando um culpado, para responsabilizá-lo pelo que acontece com a gente ou para justificar nossos atos. O pior, é que muitas vezes não nos damos conta do que estamos fazendo, porque já faz parte da nossa maneira de funcionar.

            Precisamos culpar alguém quando estacionamos num local proibido. Quando falamos algo que sabemos que não é verdade. Quando somos arrogantes. Quando não somos fieis ao parceiro. Quando temos maus pensamentos ou más intenções. Quando nos apropriamos indevidamente de algo que não é nosso, entre tantas outras situações.

            Dessa forma, sentimo-nos mais aliviados, pois temos como justificar melhor a nossa atitude ou pensamento. Justificar é uma necessidade do humano, ele sempre precisa explicar alguma coisa, até mesmo quando elas são inexplicáveis. Isso mostra a sua falta de crítica.

            Essa forma de agir, demonstra o quanto, ainda, estamos presos a nossa maneira de funcionar na infância, quando precisávamos encontrar um culpado, para justificar as nossas travessuras. Não nos damos conta que essa época já passou e que precisamos ser responsáveis por todos os nossos atos e pensamentos. Acho interessante, quando as pessoas se justificam projetando para o inconsciente a responsabilidade de sua atitude. Claro, que ele é o responsável, mas nesses casos, sempre questiono quem é o dono do inconsciente, pois esse é quem responde por ele estar burlando, muitas vezes,  a cortina da censura e do recalque.

            Escondermo-nos no outro, não assumirmos as nossas ações e reações, faz com que permitamos que o outro veja as falhas do nosso caráter. Assumir a responsabilidade do que fez, pensou ou disse é o mínimo que esperamos de pessoas adultas, mas infelizmente, nem sempre é isso que encontramos.

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