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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A MORTE COMO VALORIZAÇÃO DA VIDA

        
 

            Falar em morte para algumas pessoas é algo horrível, referem não quererem pensar sobre isso, batem na madeira na tentativa de isolar, como se dessa forma conseguissem evitar a morte. Não se dão conta que a caminhada para finitude se dá no momento em que chegamos ao mundo. A partir do nascimento começamos a morrer, só não sabemos quanto tempo precisaremos caminhar para alcançar a finitude.

            Claro que não podemos ter a morte como uma preocupação constante em nossa vida. Precisamos é procurar viver cada dia plenamente, desfrutando as coisas boas que a vida oferece e sabendo gerenciar aquelas que nos causam algum desconforto.

            Apesar de as pessoas terem dificuldade de falar e lidar com a morte, muitas vezes prevalece em suas vidas à pulsão de morte, que Freud nos apresentou. Basta pararmos e observarmos coisas básicas, mas que nos mostram como conduzem a sua vida, como por exemplo: comendo em demasia, abusando do uso de álcool, buscando as drogas lícitas e ilícitas como uma forma de verem a vida mais colorida, não se preocupando com a sua saúde física e mental, não fazendo atividade física, se estressando por qualquer coisa, vivendo de forma ansiosa, tensa em função dos compromissos que assumiu e não consegue dar conta, acreditando que os outros estão sempre lhe prejudicando, se percebendo como vítima das situações, responsabilizando os outros pelas coisas que lhe acontece, entre tantas outras coisas que poderíamos elencar aqui. Ao funcionarmos dessa maneira, não nos damos conta o quanto estamos nos destruindo e ao mesmo tempo, colaborando para que aceleremos a nossa caminhada para finitude.

            Sabe-se que a pulsão de vida deve prevalecer sobre a pulsão de morte, isso não é dito por mim, mas pelo Freud. Portanto, devemos ficar mais atentos a maneira como estamos conduzindo a nossa vida.  Procurando desenvolver hábitos saudáveis, não apenas para o nosso corpo, mas para a mente também. Percebe-se a preocupação de algumas pessoas com a sua saúde física, esquecendo que o ser humano é composto por três instâncias, ou seja, mente, corpo e espírito e que essas precisam manter-se em homeostasia.

            Por isso, é fundamental que assim como cuidamos do corpo, cuidemos também da nossa mente e do nosso espírito ou alma, como queiram chamar, procurando nos conhecer e entendermo-nos melhor, observando os sentimentos que carregamos conosco, os nossos pensamentos, as nossas atitudes, a fim de evitar que o corpo venha a pagar um preço desnecessário, desenvolvendo doenças somáticas, porque não demos a atenção que precisávamos para a nossa mente e o nosso espírito.

            Obviamente que nada disso impedirá que um dia cheguemos à finitude, mas quando esse momento chegar, que possamos partir com a tranquilidade de termos vivido com dignidade a vida que nos foi concebida. Sendo assim, não precisamos temer a morte, mas podemos tê-la  como a mola propulsora que nos impulsiona para vida.

 

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