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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O MESMO CENÁRIO

       
            É só dezembro começar se aproximar e surge o mesmo cenário de muitos outros dezembros que já vivemos. Pessoas ensimesmadas, algumas frustradas, decepcionadas, outras eufóricas, preocupadas com as festas, com as compras de Natal, fazendo uma nova lista de objetivos para o próximo ano, que provavelmente não conseguirão cumprir, como tantas outras que já fizeram.

            Realmente, dezembro é o mês de fazermos o balanço geral de nossa vida e do ano que finda. Das coisas que fizemos e das que não fizemos, procurando entender os motivos que nos levaram a não seguir os objetivos propostos. É à hora de analisarmos o que precisamos mudar e o que devemos manter. De avaliar as nossas relações familiares e interpessoais, de vermos se estamos tratando as pessoas como elas merecem ou como gostaríamos de ser tratados. Enfim, é o momento de pensar e repensar a vida, para que o próximo ano possa ser diferente.

            É comum, nesse período do ano, aumentar a demanda de consultório, porque as pessoas se deprimem, sofrem com a ausência dos seus entes queridos, reclamam que as festas de final de ano são sempre a mesma coisa, só não se dão conta, que elas são assim, porque não fazem nada para mudar, pois acreditam que a mudança deve ser feita no externo. Projetam para os outros a responsabilidade de fazer uma festa diferente, mas a festa só será diferente, se a fizerem diferente, ou seja, se as pessoas se derem conta de que a diferença da festa está dentro de si, da forma como vivem esse momento, do significado que dão para esse período do ano e o quanto é ou não significante para elas. Se não pensarem sobre isso, é bem provável que o cenário seja o mesmo

            Concordo, realmente, dezembro é um mês que nos convida a  refletir, nos leva a lembrar e intensifica a  saudades das pessoas que não estão mais no nosso convívio, de tudo o que deixamos para trás, mas não o vejo como um momento de tristeza, afinal, Natal é nascimento, é vida, é esperança. O problema que percebo é que as pessoas esqueceram o verdadeiro significado do Natal.

            Outro ponto que observo, é que as pessoas depositam no próximo ano, todas as mudanças de sua vida de forma mágica, e, quando dezembro chega, tudo continua igual, pois não fizeram nenhum movimento de mudança no decorrer do ano.

            A mudança do cenário que envolve dezembro depende de cada um. Se souberem a aproveitar esse momento de ensimesmamento para fazer a mudança que tanto buscam, com certeza, conseguirão ter um outro olhar para esse período, não precisando transformá-lo num momento de solidão, tristeza e dor.        

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