Há “poucos dias, saiu
uma matéria no “Estado de São Paulo”, cujo título era “Cliente irritado compra
mais”? A matéria aponta que jingle Bells,
aroma de canela e confusão são arsenais usados pelo varejo americano para
fazer o consumidor gastar mais no Natal. Parece loucura, mas não é, pois
existem evidências que sugerem que quanto mais desconfortável o cliente se
sente no meio dessa confusão para comprar presentes natalinos, mais ele gasta.
Esses artifícios são usados com a intenção de envolver o cliente, sem que
ele perceba. Por isso, colocam a mesma canção de Natal, em alto som, repetidamente.
Exageram nos aromas colocados na loja, para que o cliente fique totalmente
envolvido com as compras de Natal, circulando mais pelo interior da loja em
busca das ofertas, deixando-se levar apenas pela emoção e não pela razão.
Estudos realizados por pesquisadores da Universidade de Penn State e de
National University of Singapore, apontam que esses artifícios, que hoje são
usados nas lojas e supermercados, são fatores que provocam estímulos excessivos
e fazem com que o cliente tenha uma “perda momentânea do autocontrole”,
aumentando dessa forma, a possibilidade de consumir mais.
Só que essa técnica, não é mais um privilégio dos americanos. Aqui no
Brasil isso já acontece com muita frequência. É insustentável ir a algumas lojas
ou shoppings nesse período de Natal e o pior é que as pessoas por desconhecerem
esses artifícios, que são sugeridos pelo pessoal do neuromarketing, que sabem o
que eles causam em nosso cérebro na hora da compra, acabam comprando, até mesmo
quando não tem condições.
As ferramentas usadas pelo neuromarketing a favor dos seus clientes podem,
muito bem, serem nossas aliadas, para não gastarmos indevidamente. No livro “Por
que me endivido? Dicas para entender o endividamento e sair dele”, que estarei
lançado em breve, abordo no segundo capítulo, de forma sucinta, o que acontece
no nosso cérebro na hora da compra, pois assim, poderemos ficar mais atentos
para não nos deixarmos envolver por esses
tipos de artifícios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário