Escuto as pessoas
justificarem muitas das coisas que fazem com o fato de quererem viver a vida
plenamente. Sempre que isso me é falado, questiono o que é viver plenamente e
percebo que o conceito que elas têm é bem diferente do meu entendimento.
Na percepção delas, viver plenamente é fazer tudo o que
querem, comprar tudo o que desejam, fazerem tudo o que lhes dá prazer, mesmo
que isso possa ter uma consequência danosa no futuro, ou até prejudicar
alguém. A preocupação está em obter uma gratificação imediata, independente de quanto tempo vai durar. O importante é não ter que tolerar a frustração, pois não
conseguem conviver com ela, porque provavelmente, lhes
foi ensinado que podem tudo.
No meu entendimento, a pessoa para viver plenamente ela
precisa sair de si mesmo, despindo-se de todos os segredos, medos, inseguranças,
deixando que o vejam como um ser inteiro, transparente e não fragmentado como
se mostra. O humano tem a possibilidade de mudar a sua maneira de ser, basta
querer. Claro que não é um caminho fácil de trilhar, mas aqueles que conseguem
se livram de alguns sentimentos como solidão e tédio que acabam atrapalhando
sua vida. Pois esses geram a sensação de não estar vivendo plenamente a vida,
visto a pessoa não conseguir explorar seu potencial, em função de não conhecê-lo,
desencadeando-lhe um sentimento de impotência e frustração. Esconde tanto o seu eu, que acaba perdendo o seu verdadeiro referencial.
Agora, entendo e aceito que cada pessoa deve viver da
maneira que achar melhor e que acredita ser a correta, mas sempre consciente
que é a única responsável pela suas escolhas e consequências.
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