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terça-feira, 11 de setembro de 2012

A EMOÇÃO NOS INIBE DE FAZER O QUE QUEREMOS

        
            Não tenho a intenção de contar nenhuma novidade, pois todos nós sabemos que somos movidos pelas emoções, apesar de muitas vezes negarmos e tentarmos afirmar que as nossas decisões se dão pela razão. Doce ilusão! As emoções é que nos fazem ver o mundo de uma forma diferente e nos inibem de fazermos aquilo que gostaríamos ou nos propomos a fazer.

            Ficamos nos enrolando, buscando justificativas para explicar o inexplicável, mas não admitimos que temos dificuldades para aceitar que agimos por impulsos. Prometemos que na segunda-feira vamos iniciar o regime, mas basta vermos um doce que gostamos muito, para adiá-lo para terça-feira.

            É bastante comum, no início do ano as pessoas fazerem uma lista de objetivos que deverão ser cumpridos no decorrer do ano, mas quando o fim do ano se aproxima, começam a se deprimir porque não conseguiram atingir os seus propósitos. Ouvimos as pessoas dizerem que nesse ano, tudo será feito diferente. A começar pelas finanças, vão iniciar uma poupança ou uma previdência privada, mas isso só vai até o momento em que entram no shopping e se deparam com aquela bolsa maravilhosa que há tanto tempo sonhavam. O valor a ser pago a mais no cartão, acaba por impedir que inicie o propósito de poupar.

 Outro ponto muito comum de ser lembrado é a saúde. As pessoas afirmam que vão fazer o check-up anual, que vão iniciar uma atividade física. Às vezes até marcam o médico, mas acabam cancelando, pois lembram que “sem querer” assumiram outro compromisso no horário da consulta. Inscrevem-se na academia, mas não conseguem ir, porque o chefe lhe deu a entender que talvez venha a precisar que faça algumas horas extras. Então é melhor já ficar de sobreaviso.

Quem de nós já não fez isso ou não escutou essas desculpas? Sejamos sinceros, a maioria para não dizer todos. Isso nos permite verificar que basta um impulso qualquer para que mudemos os nossos planos, porque eles acabam mexendo com as nossas emoções. Esses impulsos interferem em nossas decisões, de forma irracional, deixando-nos levar pela gratificação imediata, fazendo com que posterguemos nossos objetivos. A isso, dá-se o nome de procrastinação. Procrastinar tem sua origem no latim, onde pro significa “par” e crasamanhã”.

Portanto, podemos afirmar que as emoções nos levam a ser movidos por impulsos irracionais, a fim de obter uma gratificação imediata (princípio do Prazer de Freud), fazendo com que procrastinemos em relação aos objetivos propostos. O grande problema é que as pessoas têm dificuldade de reconhecer esse funcionamento, consequentemente não conseguem mudar. Ariely em seu livro “Previsivelmente Irracional” coloca com muita propriedade que: “resistir à tentação e instalar o autocontrole são metas humanas gerais, e deixar de alcançá-las repetidas vezes é fonte de grande parte da nossa infelicidade”

Sendo assim, ter como fonte a felicidade ou a infelicidade é a escolha de cada um.

 

 

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