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terça-feira, 4 de setembro de 2012

DECEPÇÕES

    
            Não é incomum dizermos que alguém nos decepcionou, afinal, isso faz parte da vida. Só que quando isso acontece nos damos o direito de ficarmos chateados, tristes, magoados, com raiva em relação à pessoa que nos causou a decepção. Penso que na realidade projetamos esse sentimento ao outro, por ser difícil assumir que são nossos. Como assim? É simples, basta parar e analisar.

            As pessoas nos decepcionam porque não atendem as nossas expectativas, que na maioria das vezes, elas desconhecem. Mesmo assim, achamos que essas devem ser atendidas. Afinal, nós imaginamos, criamos, idealizamos, pensamos que o outro poderia agir da forma que gostaríamos, apesar de não lhe comunicar. Partimos do princípio que o outro vai pensar ou fazer algo da mesma forma que penso ou faço. Esquecemos que as pessoas são singulares, que podem ter princípios e valores diferentes dos nossos, que o meio cultural em que estão inseridos pode diferir.

            Ficamos incomodados porque inconscientemente sabemos que a decepção não é com o outro, mas com a gente, porque não tivemos a habilidade de lhe dizer o que esperávamos dele. Falhamos na nossa comunicação, não agimos com assertividade, demos asas a nossa imaginação e ao nosso pensamento, acreditando que o outro deveria ler ou adivinhá-lo. Portanto, se não queremos nos decepcionar é simples, basta não criarmos expectativas em relação ao outro, tendo claro que ele não têm que dar conta das nossas idealizações, pois são nossas. Ele tem apenas que ser, o que ele é, nada mais.

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