É lamentável que o
nosso país esteja ocupando o primeiro lugar no mercado mundial do crack e o
segundo maior de cocaína, como revela a pesquisa realizada pelo Instituto
Nacional de pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Essa pesquisa foi realizada em 149
municípios do país e abordou 4,6 mil pessoas com mais de 14 anos. Os resultados
apontam que 20% do consumo mundial do crack ocorrem no Brasil. Mostra-nos também,
que 2,6 milhões de brasileiros já fizeram uso, ao menos uma vez, de cocaína fumada
(crack ou oxi), representando 1,4% dos adultos e mais de 150 mil adolescentes
já experimentaram essa droga, que em termos percentuais equivale a 1%.
Essa pesquisa apontou que a forma mais
comum de uso da cocaína é por via intranasal (cheirada) e que no último ano,
2,3 milhões de pessoas fizeram uso da droga. Esses números não só são
assustadores, mas também preocupantes, pois demonstra que existe uma rede de
tráfico em todo o Brasil que alimenta os usuários dessas drogas, apesar de
todas as campanhas que são feitas pelos meios de comunicação e saúde. Isso nos
leva a pensar quais os reais motivos que impedem que essa rede de traficantes
seja desfeita. Quem será que está ganhando com isso, será só os traficantes e
usuários?
Os números apresentados acima mostram o
quanto o Brasil ainda é um país emergente, pois nos países desenvolvidos, o
consumo de drogas vem diminuindo. Sinal que ainda temos muito que avançar em
termos política e saúde pública.
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