Workaholic é uma expressão americana, cuja sua etiologia vem da palavra
alcoholic (alcoólatra). É usada para identificar pessoas viciadas no
trabalho, o que nas últimas décadas vem aumentando cada vez mais.
Algumas pessoas se
tornam workaholic em função da competição do mercado de trabalho, por
vaidade, por ganância, pela necessidade de provar algo para alguém ou para si e
até mesmo, para sobreviver. Não é difícil identificá-las, pois não conseguem se
desligar do trabalho mesmo quando estão longe dele. Sentem-se culpadas quando
estão no convívio da família e dos amigos, pois tudo que não está relacionado
ao trabalho é percebido como perda de tempo. Por isso, seus amigos passam a ser
aqueles que têm algum vinculo com o trabalho, assim conseguem, de certa forma,
se manter conectado a ele.
Algumas empresas percebem o workaholic como pessoas extremamente
competentes e responsáveis. Claro que essa percepção se dá por ser algo que
lhes favorece. Só que, muitas vezes, quando a pessoa se dá conta que a sua vida
se resume em trabalho, ela já deixou para trás a família, os amigos e está num
quadro de estresse altíssimo, já na fase da exaustão, passando a não ser mais
interessante para empresa, por não conseguir produzir como antes. Quando isso
acontece, a empresa promove o funcionário para o mercado de trabalho. Querendo ou não, ele acaba tendo o mesmo fim do
alcoolista, que só percebe que tem problema, quando já perdeu tudo o que tinha
e está só.
O workaholic tem
dificuldade de identificar sua dependência pelo trabalho, bem como, os
prejuízos que isso lhe acarreta. São pessoas que não tem uma boa qualidade de
vida, sofrem com as pressões do dia-a-dia, estão sempre se cobrando de forma
exagerada, apresentam alterações no sono, no humor. Podem se tornar impotentes,
desenvolverem sintomas clínicos como alteração da pressão arterial, enxaqueca,
problemas gástricos, serem agressivos quando os resultados não foram os
estimados. É bastante comum apresentarem quadros de depressão e ansiedade
Esses sintomas estão muito associados
ao medo de fracassar, levando-nos a questionar o quanto confiam no seu
potencial, na sua capacidade e por que não pensarmos também na sua auto-estima?
O vício pelo trabalho pode ser compreendido como uma válvula de escape, em que
o indivíduo utiliza para negar ou fugir dos seus problemas pessoais ou
familiares. Só que o
preço que acaba pagando por isso é muito alto.
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