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terça-feira, 18 de junho de 2013

AS NOSSAS INCONGRUÊNCIAS

  Refletindo sobre um pensamento de Freud, que até postei, hoje, no meu facebook: “a que distância você se encontra entre o que pensa, diz e age”.

  Creio que é um belo convite para avaliarmos o quanto, muitas vezes, somos incongruentes em nossas vidas, pois pensamos algo, mas com o medo da crítica e de nos expormos, porque não sabemos o que os outros vão pensar a nosso respeito, acabamos não verbalizando o que realmente acreditamos, mas sim aquilo que achamos que os outros vão julgar certo. Agimos, principalmente nos tempos atuais, a partir do parâmetro que a sociedade nos impõe, mesmo que vá totalmente à contramão do que pensamos e acreditamos, dessa forma, sem percebermos, vamos nos violentando e nos tornando incongruentes para nós mesmos. E qual a representação que isso tem em nossa vida?

   A maioria das pessoas, por viverem no piloto automático e também por não terem desenvolvido o hábito de pensar, não pensam e não se questionam sobre isso.  Talvez estejam corretas ao agirem assim, porque não sofrem, percebem e levam a vida de forma muito leve. Ao passo que aqueles que são mais introspectivos, que questionam e refletem, sofrem por ver a desvalorização, a degradação e a desumanização do humano.

   É complicado entender como pode uma pessoa pensar algo, verbalizar outro e agir de forma totalmente diferente. Na minha percepção, isso mostra que estamos vivendo numa sociedade em que parece estar prevalecendo os simulacros do ser humano, em que os princípios básicos de educação e valores se perderam, dando espaço para a libertinagem, para falta de ética, para a irresponsabilidade, etc.

            
   A falta de congruência entre o nosso pensar, a nossa fala e os nossos atos, na maioria das vezes, é a responsável pelo nosso sofrimento psíquico, pelas nossas somatizações, pelas doenças psicossomáticas que desenvolvemos, pelo nosso insucesso nas nossas relações pessoais e profissionais e até mesmo nosso fracasso profissional. Portanto, precisamos pensar e analisar se existe uma homeostasia entre o nosso pensar, falar e agir, a fim de obtermos o nosso equilíbrio interno para vivermos com dignidade.
           

             

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