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sábado, 29 de junho de 2013

SÍNDROME DO “E SE”?

   Existem pessoas que devido sua ansiedade estão sempre preocupadas com o “e se”; e se der errado? E se eu estiver com uma doença grave? E se me faltar dinheiro? E se o meu marido arrumar outra pessoa? E seu eu for reprovado no exame de direção? E se o banco cortar o meu cheque-especial? Por isso estar tão internalizado, não percebem que sempre estão com esse questionamento e acabam sofrendo por coisas que poderão ser ou não verdadeiras, mas não conseguem se livrar disso, porque ficam com o pensamento paralisado no “e se”, não enxergando nenhuma outra possibilidade em sua vida.

  Na maioria das vezes, as preocupações ocasionadas pelo “e se” são infundadas, porque se trata de pensamentos disfuncionais, causados pela ansiedade. Como resolver isso? Questionando-os, vendo o quanto é verdadeiro o que você está pensando. Também pode fazer uma relação com todas às vezes que perdeu o sono ou o apetite, em função de alguma dúvida causada pelo “e se”, a fim de averiguar se o pensamento era ou não verdadeiro. Verá que geralmente não passou de um pensamento e que não valeu todo o estresse que teve, portanto, quando esses pensamentos começarem a surgir em sua mente procure distraí-la com algo que lhe dê prazer, cante, vá fazer uma atividade física, ligue para uma amiga, leia, veja um programa que goste, mas não fique alimentando o pensamento.

  Livrar-se desse tipo de pensamento é essencial, devido ele bloquear a capacidade de resolução de problema, porque a pessoa fica presa apenas nas tragédias que poderão acontecer em sua vida, sem conseguir desfrutar o que de bom a vida tem a lhe oferecer, visto potencializar a probabilidade de algo dar errado. Não que coisas erradas não possam ocorrer, precisa-se ter claro que a chance de algo dar certo ou errado é sempre 50% para cada lado, entretanto, algumas pessoas só conseguem pensar na possibilidade de dar errado e ainda por cima, supervalorizam essa possibilidade. Andam na rua sempre com medo de serem assaltadas, não andam de avião porque pode cair, porque se detém apenas as notícias de aviões que caíram, ou seja, valem-se da atenção seletiva, ou seja, ficam atentas as notícias que reforcem os seus pensamentos disfuncionais.


  O grande agravante que vejo, é que as pessoas imaginam uma situação, a partir do “e se”, e passam a vivê-la como verdadeira, ficam ansiosas, sofrem alterações de humor, perdem o sono durante a noite, o apetite fica alterado, a atenção dispersa e quando percebem que nada aconteceu, ainda justificam que poderia ter acontecido. Sofrem por antecipação, acabam tendo todo um desgaste emocional, desnecessariamente. O ideal seria que essas pessoas conseguissem fazer uma reestruturação cognitiva, para viverem melhor, com mais qualidade, mais alegria e sem tanto sofrimento, que acaba deixando-as amargas.

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