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terça-feira, 25 de junho de 2013

O ADOLESCENTE E O ALCOOLISMO

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "COMANDO DA CIDADE"


   Vem chamando atenção o número de adolescentes que estão fazendo uso de álcool, apesar de a venda de bebida alcoólica para menor ser proibida.

  Os jovens no afã de se mostrarem muito espertos e na ânsia de afirmarem a capacidade que tem de não respeitarem regras, enchem o peito para contar que conseguem burlar a lei, comprando bebidas alcoólicas, pois alguns comerciantes não pedem documento que comprovem que são maiores de idade, acreditando apenas na palavra do próprio adolescente.

  Até dá para entender a postura do comerciante, que está apenas preocupado com o seu lucro, porém, não justifica e não nos leva a concordar com tal postura, porque além de estar infligindo à lei, mostra a sua total despreocupação com o outro, deixando prevalecer seu olhar egocêntrico frente às questões sociais.

 Agora, o mais preocupante, são os pais desses adolescentes, que parecem não estar preocupados com esse problema, chegando, algumas vezes, a autorizá-los a beber em festas. Por que estão sendo coniventes com isso? Quais os ganhos secundários que estão tendo? Será que a permissividade é a forma que conhecem para expressar o seu amor pelo filho? Será que temem a reação dos filhos se derem limites? Muitos são os questionamentos que não querem calar, quando nos defrontamos com essas situações.

 O adolescente está clamando por limites, isso fica claro quando abordamos esse assunto com eles. Justificam seu comportamento, alegando que as autoridades nada fazem para impedi-los de usar bebida de álcool, porque não estão em frente aos locais que ocorrem as festas, onde o álcool corre solto. Quando questionados se são as autoridades que tem que lhes dar esse limite ou se isso deve iniciar em casa, silenciam e ficam a pensar. Obviamente, que tentam eximir os pais dessa responsabilidade, pois essa é uma reação normal do filho, mas esse questionamento os faz pensar.

   Não é incomum vermos pais contarem para os amigos que o filho chegou alcoolizado em casa, achando graça. Outros fazem vista grossa, porque não querem se incomodar e ainda tem aqueles, que verbalizam que compram bebida para os filhos, pois preferem que eles bebam em casa, sobre o seu controle. Com isso o número de jovens que vem contribuindo para aumentar as estatísticas que mostram o abuso de álcool na adolescência, está crescendo.

  Esse comportamento dos pais parece ser sintomático, levando-nos a pensar sobre a representatividade que o álcool tem em suas vidas, bem como, sobre a dificuldade que tem dar limites aos filhos. Esquecem, que quem ama educa e educar é ensinar o que é certo e errado, é dar limites, é dizer não, a fim de gerar o sentimento de frustração no filho para que esse pense sobre suas atitudes. Alegar que os jovens de hoje não escutam os pais é porque esses não se fazem escutar, porque resolveram assumir o papel de amigo, que, diga-se de passagem, é bem mais fácil, do que de pais. Pais tem que dar exemplos, transmitir princípios, valores éticos e morais, entretanto, parece que essas coisas tão óbvias caíram no esquecimento.


 A venda de bebida alcoólica tem que ser fiscalizada pelos agentes da lei, por nós adultos quando vemos algum comerciante vender, pelos pais. Agora, o exemplo, a fiscalização maior tem que se dar pela família e talvez essa seja a raiz do problema do alto índice de alcoolismo entre adolescentes.

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