Não são poucas as vezes
que precisamos parar e reavaliar o que estamos fazendo com a nossa vida, com o
nosso corpo, com as pessoas que estão a nossa volta, a fim de fazer um balanço
que nos permita ver como estamos nos tratando e também tratando os outros.
Reclamamos das coisas que não gostamos, dos desafetos que
os outros nos causam, das dores que a vida nos oferece, mas não paramos para
pensar qual a nossa participação nisso. Não avaliamos se é apenas a nossa
percepção que está fazendo com que tenhamos essa visão. Claro que a nossa
percepção se estabelece a partir das nossas vivências, das nossas crenças, das
nossas experiências, dos nossos valores e de todas as informações que temos registradas no nosso
inconsciente.
A partir do momento que conseguimos identificar a maneira
como estamos percebendo a realidade que nos envolve, temos que verificar qual a
forma que olhamos e nos relacionamos com ela, ou seja, se é ansiosa,
estressante, com pânico, com medo, etc.
Se nesse processo, nos
dermos conta que não estamos contentes com a maneira que estamos lidando com a nossa
realidade e não temos como mudá-la, o mais sensato seria mudar aquilo que essa
realidade representa para nós, ou seja, como não é possível mudar a essência do
mundo, das pessoas e dos objetos com quem nos relacionamos, deveríamos ressignificá-los,
reclassificá-los e revalorizá-los dentro de nós, a fim de aliviar o desconforto
que isso possa estar nos causando. Para tanto, faz-se necessário que paremos e olhemos para nós, assumindo a responsabilidade dos nossos sentimentos e emoções, ao invés de
ficarmos projetando para o externo o nosso descontentamento com a vida, com os
outros e com o mundo. Avaliemos a nossa tríade cognitiva: Como eu me vejo? Como vejo
o outro? Como vejo o mundo? E a partir daí pensemos qual o melhor caminho a seguir
para que a nossa realidade se torne mais prazerosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário