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segunda-feira, 24 de junho de 2013

PSICOLOGIA E ECONOMIA: O QUE TEM A VER?

    Essa é uma pergunta que respondo diariamente, há mais de dois anos, pois as pessoas não conseguem entender o interface que existe entre essas duas ciências.

   A Psicologia Econômica existe fora do Brasil há mais de 130 anos e aqui, ela ainda está engatinhando, pois não nos demos conta que as decisões que tomamos na nossa vida econômica/financeira, estão atreladas aos fatores psicológicos. Esses não podem ser desprezados, pois as nossas reações, nessa área, revelam o quanto damos vazão aos nossos impulsos instintuais originais – autopreservação, agressão, necessidade de ser amado, busca pelo prazer, rejeição à frustração, etc.

    Entender o que o leva a gastar demais, quais as dificuldades que temos para economizar, aprender que não podemos nos deixar levar pelo “comportamento manada”, pois esse nem sempre é o mais adequado, quando o assunto é financeiro, saber como identificar o momento de parar, entender a simbologia do dinheiro e o peso que ela tem em nossas vidas, são assuntos estudados na psicologia econômica.

 Penso que a dificuldade de compreensão desse interface entre Psicologia/Economia aqui no Brasil se dá em função da maneira como vivemos, onde as questões financeiras parecem não ser levadas muito à sério, começando pelos nossos governantes.

  O interessante é observar o quanto as pessoas tem dificuldade de lidar com esse assunto, que hoje está em alta, pois sabemos que o nível de endividamento das famílias brasileiras vem crescendo, basta acompanhar as estatísticas. Percebo que muita gente fica incomodada e já não foram poucas às vezes que escutei que deveria “sair dessa, pois não chegarei a lugar nenhum”. Como sou uma pessoa persistente e defendo as minhas ideologias, não desisti, pois vejo a Psicologia Econômica como um novo nicho de mercado, que tem muito a ser explorado e que dará bons frutos. Basta acreditar e ter visão de negócio, isso aprendi quando fiz minha especialização em Marketing.

    Precisamos ter claro que o endividamento das pessoas é consequência de um comportamento e que esse se dá em função das nossas emoções e sentimentos. Por isso se diz que o endividamento financeiro não é causa, mas sim uma consequência do endividamento afetivo e simbólico. A partir do momento que entendermos isso, vamos compreender o que nos leva a gastar aquilo que não temos para gastar. Veremos que estamos sendo conduzidos pelo princípio do prazer e pelo nosso Id, só vamos deixar o princípio da realidade entrar em ação, quando o mês e o nosso salário se tornam pequenos para pagar todas as contas.

    A Psicologia por estudar o comportamento tem como explicar os critérios que usamos para tomar decisões na nossa vida econômica. Não temos como falar e entender todo esse endividamento que está aí, sem nos valermos da Psicologia Econômica e da Economia Comportamental. Pois como foi comprovado recentemente, por uma pesquisa realizada pela SERASA, o brasileiro tem noção de Educação Financeira, mas a causa do seu endividamento se dá pelo comportamento.


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